Em 2022, o Brasil comemorou seu 37º ano de democratização. Estes 37 anos são divididos em três períodos. Uma época instável dos primeiros 10 anos, seguida por uma época estável de 16 anos e finalmente, a partir de 2011, uma época da turbulência política e econômica que está continuando até o presente. Nos 16 anos da segunda época estável, dois centro-esquerdistas, Fernando Henrique Cardoso, do PSDB e Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, estiveram no poder por dois mandatos consecutivos. Depois disso, Dilma Vana Rousseff, do mesmo partido PT, tornou-se a primeira presidente brasileira. Entretanto, a instabilidade política e econômica aumentou especialmente a partir de 2013 e, em agosto de 2016, Rousseff foi o alvo de impeachment por causa da execução ilegal do orçamento. O governo Michel Temer adotou uma política de pró-mercado para que fosse recuperada a economia agravada durante o governo Rousseff, mas a política brasileira continuou a ser confusa porque o envolvimento na corrupção do próprio Temer foi descoberto. Foi realizada nesse contexto a eleição presidencial de outubro de 2018 e Jair Bolsonaro, um exmilitar, conservador e nacionalista de direita, venceu a eleição presidencial. O presidente Bolsonaro é frequentemente considerado raro. Ele sempre faz comentários grotescos e a sociedade brasileira está sendo confundida. Diz-se que a democracia do Brasil está em crise pelo presidente Bolsonaro. Isso não é errado totalmente, mas seria melhor mencionar que a democracia brasileira já está entrando em processo de crise há muito tempo e Bolsonaro só surgiu dentro deste mesmo contexto. Neste ensaio, analisa-se o que significa 37 anos de democratização no Brasil, quer dizer, após 37 anos de democratização, o que o Brasil está sendo perguntado ? E também será examinada a existência das Forças Armadas na democracia brasileira, especialmente sob o ponto de vista da Constituição de 1988, existência a qual passou a chamar a atenção após a posse do governo Bolsonaro.
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